Morte Súbita
Título: Morte Súbita
Autor: J.K Rowling
Páginas: 501
Editora: Nova Fronteira
Eu prometi a mim mesma que não ia mencionar Harry Potter quando escrevesse sobre Morte Súbita, mas não será possível.
Primeiramente, quem esperar uma história na mesma linha de HP vai se desapontar! Em segundo lugar, a leitura, para mim, foi um tanto cansativa, acho que por ter criado milhares de expectativas por ser um novo livro da J.K. Não quero dizer que o livro é ruim, mas é muito cheio de informações e problemas sociais, e todos os personagens sem exceção sofrem com algum desses problemas (pedofilia, estupro, depressão, traços de insanidade, enfim...). Além disso, querendo criar uma 'história mais adulta', a autora utilizou um palavreado pesado e até mesmo chulo, como se as conversas entre adolescentes/ adultos se desse dessa forma.
Não pensem que eu estou criticando negativamente Morte Súbita, pelo contrário, o livro é ótimo, as histórias paralelas constroem magnificamente uma história principal com um final diferente do que o leitor costuma esperar, só achei muito carregado de informações.
Mas enfim, vamos à história!
Tudo começa quando o sr. Barry Fairbrother, morador e membro do conselho distrital da pacata cidadezinha de Pagford, tem um ataque cardíaco e morre. Isso abre uma vacância no conselho e outros moradores influentes da cidade passam a disputá-la e no decorrer das semanas que antecedem a eleição um misterioso hacker invade o site do conselho e posta coisas terríveis sobre o passado dos candidatos, sob um pseudônimo interessantíssimo: O_Fantasma_de_Barry-Fairbrother.
Para a viúva de Fairbrother a ação é uma falta de respeito com sua dor, para os rivais, uma arma a mais para derrubar o outro.
No meio de toda essa disputa, duas alianças se formam, o pró-Fields e os contra-Fields, bairro que foi anexado à Pagford anos antes, e abriga marginais e drogados, que para os conservadores cidadãos de Pagford são um fardo. Se Fields for desvinculado da cidade, o centro de reabilitação será fechado e a luta de Terri Weedon contra a dependência química será interrompida e isso poderá separar Krystal de seu irmãozinho de 3 anos, Robbie.
Krystal é outro problema para os distintos Pagfordianos devido a seu temperamento rebelde e modos inadequados para os padrões do vilarejo, modos que só pioram após a morte de Barry, treinador do time de remo do qual a garota era parte e único que ela parecia respeitar.
De volta às intrigas criadas pelo Fantasma, Pagford se revela um verdadeiro ninho de cobras, onde as pessoas farão de tudo para ascender na sociedade.
Não há muito o que falar da história sem revelar spoilers.
Um dos aspectos que me surpreendeu nesse livro foi que não criei nenhum laço com nenhum personagem. Apesar de bem construídos, não havia como ser cativado por eles pois todos passavam uma frieza devido aos problemas que enfrentavam. Eu os compreendia e desejava que suas vidas pudessem mudar, mas não foi aquela coisa "uau, você é meu personagem favorito". Nem mesmo o próprio livro se tornou um dos meus favoritos, mas acho que isso se deve ao fato de Harry Potter ainda ser muito presente na minha vida e talvez eu não tenha conseguido me despir de certos conceitos e expectativas.
Apesar de tudo, é um livro que prende o leitor porque os prolemas são tantos que você quer saber se a vida dos personagens vai melhorar ou não.
"Good girl gone bad
Take three
Action
No clouds in my storms...
Let it rain, I hydroplane into fame
Comin' down with the Dow Jones..."
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